Veja
bem, como a vida passa, não é?
O
sol nasce e vai, a chuva cai
E
o dia em suor dá espaço para a noite frívola.
Cá
esta sendo redigida esta poesia
Então
entre, sente-se e sinta-se a vontade.
Aceita
uma xícara de café? Um chá? Um uísque?
Vamos
nos embebedarmos de palavras de conforto...
Olhe
a nossa volta, ali o fogo arde,
O
perfume de tempos infinitos se exala.
Onde
está o meu, o seu, o nosso amor?
Quantas
vezes rimos e fizemos lágrimas rolar?
É
impressionante como os fantasmas
Do
passado vem nos infernizar.
São
tantas lembranças...
Compreenda,
mesmo ébrio então,
Que
o poeta nunca morrerá, e isso há de se saber
E
mesmo que o seu amor um dia se vá,
(Tão
estranha há de ser o quebrar do coração)
De
sua alma o amor jamais fugirá.
Esta
tão fortuna e fiel a nossa conversa...
Bebemos
canções que lembram faces
Lemos
livros que cheiram histórias
Veja
como é linda a noite!
Ela
é fácil de fazer inspirar...
Engana,
assombra, e na cama faz o espírito florear.
A
caneta que aqui desliza já escreveu e já parou
E
da amada nunca deixou de recordar.
Olhe
as ruas vazias, há fantasmas a vagar a esmo
Nos
assombram em sonhos decadentes...
Que
tal fazermos um pacto de jamais deixar de sonhar?
Perceba,
meu caro amigo, quão belo foram os infortúnios...
Não
voltaria atrás por arrependimento.
Antes
morreria, se a vida aquilo não tivesse me concedido.
Agradeço
por ouvir-me, contemplar-me as palavras
E
servir de platéia para as passagens da vida.
Sirva-se
dessa bebida, entenda que ela jamais me abandonou
E
como amante furtivo, serviu-me de forte agrado
Assim
como as penumbras, estrelas, tormentas.
Veja
estes livros na prateleira, e esta carta que estendo a você
É
um pouco do punhado dos versos que escrevi
Não
pra mim, nem pra você, mas para alguém...
Confesse
que sabes de tudo! Confesse!
O
que é esta vida senão algo em ruínas?
Um
amontoado interminável e perpétuo de memórias em escombros.
Os
amores perdidos, os sonhos quebrados, a saudade...
A
maturidade nos fornece entendimentos cúmplices
Para
percebermos que a vida é como um trem:
Nós
o conduzimos, e cada vagão é uma época.
As
estações são os momentos vividos,
E
os trilhos por onde passamos é o destino
Que
nos leva para onde não imaginamos ser levados...
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