sábado, 9 de junho de 2012

ONTEM EU TIVE UM SONHO... OU SERIA UM PESADELO?




Não é nada incomum quando as palavras não vêm
Ainda mais quando o dia gélido faz congelar até a alma.
Mas, muito embora a ausência permaneça
A vontade de fazer-te jamais há de fugir.
Sabe, em algumas noites de insônia eu me peguei pensando
Em coisas que talvez a minha cabeça tenha criado.
Pode ser que eu tenha insinuado algumas situações
Mas eu não posso ficar pensando nessa possibilidade,
Quando longe de mim você está.
Eu desejaria ver seus olhos claros nesse momento...
Desejaria ver a noite fria acariciar a face
Como um sopro de saudade, de ternura, de ardência.
Caminhamos por caminhos árduos, meu bem!
Vivemos momentos de infortúnio, de glória...
E vagamos como fantasmas pelas calçadas da história.
Ontem eu tive um sonho... ou seria um pesadelo?
Os passos me guiavam por uma floresta negra
Cheia de sombras e monstros que minha mente criava.
As árvores choravam sangue em meio ao verde
E uma sucessão de mistérios acontecia.
Eu me perguntava o que eu estava fazendo nessa vida...       
Qual era o real motivo de minha existência?
Quem eram as pessoas ao meu redor?
O que Ele teria guardado para mim no futuro?
Por que tenho andando a esmo como um cão solitário
Apenas ouvindo a música que toca longe como um suspiro?
E nesse sonho eu fui caminhando sem ver você.
A floresta negra finalmente se abriu e dei de cara com o mar.
A imensidão forneceu uma bela imagem aos meus olhos.
O vento era frio e a areia fina, muito fina.
Lentamente, como um enfermo, as ondas do mar
Começaram a beijar meus pés, enterrando-os na areia.
Olhei para todos os lados, não havia uma alma ao meu redor.
Contudo, milhões de seres me observavam.
Os fantasmas riam de escárnio de mim, os monstros, à espreita
Apenas contemplavam a dúvida em pessoa, ali parada.
De repente uma sensação estranha me fisgou.
Senti o sangue gelar em minhas veias, a cabeça queria estourar
E comecei a perder os sentidos.
Foi então que o mar pareceu a coisa mais bela do mundo...
Era como se uma mulher viesse me pegar pela mão.
Dei o primeiro passo, e depois mais outro.
Afinal, quem sou eu? Não existe resposta para essa indagação.
A noite gélida contemplava o horror.
Comecei a caminhar mar adentro...
Então foi assim, calma e bravamente o fim!
Ninguém tentou me impedir, ninguém tentou me ajudar.
Mas alguém, em algum lugar, talvez quisesse estar comigo.

Nenhum comentário: